O ICOR realizou neste mês de Julho a cirurgia nº 500. Marcia Langa, de 13 anos foi operada a “triatrial heart” pelo cirurgião René Prêtre do Hospital Pediátrico de Zurique. Esta cirurgia faz parte da missão humanitária da Suiça presente este mês em Maputo, capital de Moçambique.
Anualmente o ICOR recebe várias missões humanitárias no âmbito da sua política de tratamento gratuito aos moçambicanos mais indigentes.Nestas missões 90% dos doentes operados são crianças tendo como principais doenças as valvulopatias reumáticas, fibroses endomiocárdicas e cardiopatias congénitas. A taxa de mortalidade ronda os 4%. O ICOR tem uma média de
A sua fundação resultou da colaboração de várias ONG’s europeias: La chaîne de l’espoir (França), Cadeia da esperança (Portugal), Chain of hope (Reino Unido), Coeur pour tous (Suiça) e da sua congénere moçambicana Amigos do coração.
Estas ONG’s europeias têm assegurado um imprescindível e dedicado apoio que vai desde a oferta de trabalho, à formação e ao fornecimento de equipamentos.
O ICOR actua na área da cardiologia clínica, cardiologia de intervenção, cirurgia cardíaca e ensino. Na área de investigação tem o suporte do Instituto Magdi Yacoub e já publicou artigos em revistas internacionais, nomeadamente o “New England Journal of Medicine”.
O ICOR não tem qualquer apoio do Estado moçambicano sendo os seus principais recursos oriundos de organizações humanitárias.
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A Cooperação francesa tem tido um papel preponderante na concessão de bolsas de estudo, na formação da equipa médica moçambicana e no financiamento de equipamentos.
Desde a sua criação, doações várias, pontuais ou de forma sustentada, têm sido feitas por empresas moçambicanas.
Para garantir uma maior auto-sustentabilidade o ICOR alargou-se a outras áreas da medicina através de consultas externas e actividades de diagnóstico.
Com 6 anos de actividade este Instituto conta com instalações modernas e tecnologia de ponta na área da saúde e com uma qualidade de recursos técnicos e científicos ao nível de muitos países desenvolvidos. Segundo a Dra Beatriz Ferreira, directora do ICOR, pode mesmo considerar-se um dos melhores equipados do género em toda a África Austral com excepção da vizinha África do Sul.
Texto e fotografias por Helena Nunes - Membro do PLR